Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://transinformacao.wordpress.com/

 

 

 

ALEKSIÉI KRUTCHÔNIKH

 

 

(1886-1968)

 

Nascido num povoado da Criméia, cursou a Escola de Belas Artes de Odessa.  Em 1912, publicou “Jogo no inferno”, poema escrito em colaboração com Khliébnikov.
Membro do grupo cubo-futurista, foi um dos seus teóricos. Muito preocupado com as novas possibilidades experimentais que se
abriam, elaborou um sistema peculiar de de “linguagem transmental”.
Seus trabalhos eram editados em pequenas brochuras, de tiragem limitada, frequentemente com ilustrações de Maliéviitch, Kúlbin e outros artistas de vanguarda.
É autor do primeiro livro sobre Maikóivski, publicado em 1914.
Na década de 1920 escreveu romances policiais em verso.
A partir de 1930, publicou somente artigos isolados e guias bibliográficos.
 

 

 

ANTOLOGIA RUSSA MODERNA. Traduções de Augusto e Haroldo de Campos com a revisão ou colaboração de Boris Schnaiderman. Apresentação, resumos biográficos e notas de    Boris Schnaiderman.  Rio de Janeiro: Editôra Civilização Brasileira S. A., 1968.. Desenho
de capa:Marius Lauritzen Bern. (Coleção POESIA HOJE, Série Antologias Volume 17.         Direção de Moacyr Felix.   
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Escolhemos o seguinte poema:

 

 

 

F O M E

LAVOURAS trigosas viraram lenda antiga...
Tulhas de cereal estalam ressecadas
Compoentos madeirenses transformados em tílias
Em lascas as maçãs das faces — magras...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .

 

Na isbã, teto de furos e fumaça,
Cinco filhotes louro-palha
Esgazeiam olhos de pássaro,

Hoje sobre a mesa fumegam tigelas fartas!...

— Comam deste guisado macio,
Mas comam tudo, sem deixar vestígio,
Senão aquele silvano ruivo))
(Cochila como um carneiro junto à porta do vizinho)
Vai carregar mamãe de mansinho...

A mãe falou e saiu pé ante pé...
As crianças rilhavam famintas.
De repente no caldeirão de viés
Viram braços boiando com tripas.

— Uh! Oh! — berram todas para a porta,
E agora em coro fazem: Ah!
A mãe lá estava — morta,
Pescoço azul enroscado em estopa!...

O fato se passou perto da Páscoa...
O sangue do assassinado voltado para cima
Pedia aos homens penitência e prece.
Junto ao muro do reino celeste
A alma da enforcada se reclina...

 

        1920

(Tradução de Haroldo de Campos e Boris Schnalderman)

 

 

*


VEJA E LEIA mais Poesia Mundial em Português:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesiamundialportugues/poesiamundialportugues.html

 

 

Página publicada em março de 2021


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar